quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Noticia do público

Cientistas Ensinam Que Cozinhar Também É Fazer Ciência
Bolos esponja e batidos anti-radicais na ementa


Demonstração "a cozinha é um laboratório", que já passou pelo Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações, e pelo Fórum Ciência Viva, continua a chamar as atenções

O que têm em comum físicos, químicos e chefes de cozinha? Todos trabalham com fórmulas, quer sejam químicas, quer sejam as de um bolo de chocolate. Mas cozinha e ciência têm mais em comum do que se possa pensar. Para que se saiba, um bolo fofo rege-se pelos mesmos princípios que as esponjas químicas. A acompanhar o bolo pode juntar um batido anti-radical de laranja, limão e papaia, frutos com capacidades anti-oxidantes que combatem os radicais livres que impedem o bom funcionamento das nossas células. O PÚBLICO assistiu a uma demonstração de cozinha científica, durante a última edição do Fórum Ciência Viva, para saber que fenómenos explicam os cozinhados que mais gostamos.

Maria Adelaide Bello, professora de química do Liceu Gil Vicente, na Graça, Lisboa, ensinava a uma plateia fascinada a ciência por trás de um bolo de chocolate. E ia mostrando sucessivos bolinhos de chocolate que cativavam o olhar e o nariz dos presentes. Não eram uns bolinhos normais. Eram feitos dentro de canecas e saltavam não do forno quente mas do micro-ondas.

A receita é simples. Basta usar farinha com fermento (125 gramas), açúcar (150 gramas) e cacau (25 gramas), receita para três canecas. Depois, cada caneca leva ainda um ovo, uma colher de leite e outra de óleo. Dois minutos no micro-ondas, em potência máxima e eis que surge um bolo delicioso.

O que faz este bolo ficar tão fofo? O segredo está no fermento. Adelaide Bello explica que a farinha de trigo contém diferentes componentes como o amido, o açúcar, gorduras, sais minerais e água. E tem ainda proteínas. Quando se junta um líquido como a água ou o leite à farinha, estas proteínas ligam-se entre si e formam como que uma rede forte e elástica - o glúten. No pão português, por exemplo, é essencial que esta rede se forme.

Mas dizerem-nos que o nosso bolo parece pastilha elástica não é propriamente um elogio.

É aqui que entra o fermento. As farinhas para bolos têm fermento incluído para que a quantidade de proteínas da farinha diminua e seja difícil formar-se o glúten, que torna a massa cozida mais consistente. Depois de se juntar ao bicarbonato de sódio do fermento - que é uma base -, a água ou o leite, que ligam essa base ao ácido que também existe no fermento, liberta-se um pouco de dióxido de carbono. O resultado são milhões de bolhinhas que tornam o bolo mais fofo. Mas isso também só acontece com a ajuda das proteínas do ovo: "As proteínas do ovo solidificam a uma certa temperatura e seguram estas bolhas dentro do bolo, tornando-o fofo", explica Adelaide Bello.

É preciso que tenha em atenção que não deve mexer muito a massa, pois corre o risco destas bolhas mágicas se evadirem do bolo antes das proteínas poderem actuar e deste baixar drasticamente assim que o tira do forno. Luís Afonso, físico do Instituto Superior Técnico, um dos ajudantes de cozinha, explica como a densidade da massa do bolo e o óleo - que funciona para estas bolhas como o plástico de um balão -, também são importantes para não deixar escapar o dióxido de carbono.

Este é quase o mesmo processo que está por trás das esponjas artificiais, explica Luís Afonso, ao mesmo tempo que coloca a prova, uma fina fatia de bolo, por baixo da lente de um microscópio: "O aspecto não é o melhor", confessa. Mas o facto é que o bolo de chocolate era uma delícia.

A explicação científica da cozinha não ficou pelo bolo de chocolate. Sabia que frutos como os morangos ou a manga ou outros alimentos como o leite e as cenouras são excelentes anti-oxidantes que combatem os radicais livres no nosso organismo?
Passamos a explicar. Os radicais livres são moléculas muito reactivas que oxidam os vários componentes das nossas células e inibem as suas funções normais.

Alguns radicais livres são produzidos pelo normal funcionamento das células. Mas muitas vezes têm origem em factores ambientais, como na poluição ou no fumo do tabaco. Um fumador tem muito menos anti-oxidantes a circular no sangue. Apesar do nosso
corpo estar preparado para combater esses radicais livres, eles vão-se acumulando ao longo dos anos e podem ser combatidos pela alimentação.

Já experimentou um batido anti-radical? Experimente bater morangos, papaia, manga, maçã, pêssego e cenoura com leite num copo misturador.
Estes frutos, bem como o leite, têm uma capacidade anti-oxidante, isto é, conseguem eliminar os radicais livres antes deles oxidarem os compostos das nossas células. Deve-se também ter em conta que os anti-oxidantes são destruídos pelo calor. Por isso, os vegetais verdes, grande fonte de anti-oxidantes, devem ser cozidos em pouca água ou de preferência no vapor. Bom apetite.

Vitamina B1


As vitaminas constituem um grupo de substâncias essenciais ao funcionamento do organismo humano. Muitas desempenham papéis chave na formação de outras substâncias produzidas pelo nosso organismo. 
Uma destas vitaminas é a vitamina B1 que é fundamental na forma como utilizamos os açúcares que ingerimos. Por esta razão é muito importante saber quais os alimentos que nos podem fornecer a vitamina B1, também denominada por tiamina. Ela está amplamente distribuída na dieta alimentar, pois existe nos cereais, feijão, nozes, ovos e vegetais, e é especialmente abundante no gérmen de trigo e em leveduras. A tiamina também pode ser sintetizada (ou seja, produzida a partir de outras moléculas por processos desenvolvidos usando conhecimento químico) e usada como aditivo no enriquecimento alimentar nesta vitamina.
A vitamina B1 é solúvel em água e tem a estrutura química representada na Figura.
A deficiência em vitamina B1 provoca o beribéri que é uma doença que se caracteriza por desordens de natureza neurológica, perda de apetite, fadiga e perda de massa muscular.
Mas atenção, a ingestão excessiva de qualquer vitamina tem consequências tão devastadoras para o organismo humano como a sua falta.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Olá ! Hoje vamos fazer um rescaldo das actividades que realizámos mais recentemente. Na quarta-feira, dia 5 de Janeiro realizámos as seguintes experiências:
"Fogo de artificio num copo", "Arco-Iris num copo".A primeira consiste em colocar corantes em óleo, misturar e juntar a água. O que acontece é que os corantes misturam-se com o óleo e aumentam a densidade, e esta mistura de óleo e corantes "desce" pela água, dando um efeito de fogo-de-artifício.

A segunda experiência baseia-se em preparar soluções de água e açúcar de diferentes quantidades deste último, e juntar corantes diferentes em casa solução. Depois juntamos as diferentes soluções num só copo, por ordem de maior densidade. Assim, as soluções vão sobrepor-se, e as cores dos corantes não se misturão, deixando um efeito de acro-iris no copo.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Gelatina

GELATINA...
De que é constituida a gelatina?
Extraida de ossos e tecido conjuntivo (a sua pincipal função é preencher os espaços vazios e fazer a conecção entre orgãos e tecidos diversos)
A gelatina é então constituida essencialmente por proteinas.


As proteinas são polimeros
(como este -> )






Polimeros (molécula) são longas cadeias formadas por blocos (aminoácidos) ligados entre si. No caso do polimero da gelatina são 20 aminoácidos. Podemos imaginar os polimeros da gelatina como longos fios enovelados que se enrolam ou desenrolam consuante o meio em que se encontram.
A proteina contida na gelatina é o colagénio, que é constituido por 3 cadeias em hélice.

Quando aquecido acima de 70ºC o colagénio desenrola-se, diz-se que desnatura. Obtendo-se as cadeias proteicas separadas- A GELATINA.
Quando dissolvidas em água (acima dos 70ºC) e posteriormente arrefecidas estas cadeias ligam-se entre si formando uma rede tridimensional. Esta rede tridimensional retém a água o que provoca um espessamento.

São necessárias 10g de proteina para aprisionar 5dl de água.
A firmeza da gelatina depende das proporções gelatina/água, da temperatura ede outros possiveis ingredientes adicionados.

Adicionar ananás fresco à gelatina, NÃO!!!
O ananás fresco impede a gelatina de gelidificar.
A mistura fica sempre liquida porque o ananás fresco contém uma enzima, a BROMELAÍNA, que funciona como tesoura e quebra as ligações dos aminoácidos das cadeias proteicas, que são essenciais à gelidificação.

Outros frutos como o kiwi, a papaia, o figo e o gengibre tambêm contém esta enzima e por issao causam o mesmo efeito. (estes frutos ou extratos deles são utilizados para tornar as carnes mais tenras devido a esta enzima)

Por isso para fazer gelatina com ananás, ferva-o ou use ananás enlatado.